quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MAL DE AMOR

Fui mordido por algo
Que não sei o que é.
Sinto insônia,
Sinto ansiedade,
Tenho devaneios,
O coração acelera,
A respiração se descompassa,
Quero rir,
Quero chorar
(fiquei louco?),
É um tanto de coisas que não
Sei explicar.
Acho que estou amando.
Danou-se,
Pra isso
Não há remédio.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

AO MEU LINDO AMOR

De onde vem esse sentimento louco
Que me arrebata,
Me joga contra um muro
E me faz perder a razão?

Pra que me serve esse sentimento?

Por quê? Por que tento acendê-lo,
Como uma chama a crepitar
Eternamente como o fogo dos deuses?

Pra que lutar pra perder a lucidez?
Pra que lutar pra não ser senhor de mim?

E por que não?

Não há sentido em sentir,
Entretanto eu me jogo,
Me jogo nesse abismo escuro,
Irracional,

E deliciosamente incoerente,
Me embriago,
Me torno um pierrô
Que chora por amar demais

E como um bêbado num trampolim
Caio em seus braços
Pra desfrutar a embriaguez desse amor.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

SALA VAZIA


A sala está vazia agora.
Não há nada no quarto,
Somente um espelho.

Me olho.
Vejo um buraco
No lugar do peito.

Vejo a TV,
Os livros,
CDs,
Mais nada.
Durmo no chão.

O espaço é grande.
O vazio que há em mim...
Também.

A sala está vazia.