Não escreverei poesia, não contarei uma história, nem tão pouco falarei de temas nobres como educação ou sublimes como música. O momento é de desabafo. A indignação foi gerada por uma notícia de violência (mais uma) no Rio, porém não um crime banal dessa guerra insana entre polícia e bandidos. Claro que esses crimes não são de menor importância, entretanto esse é um daqueles que nos faz questionar o que está acontecendo com os valores universais da civilização, valores que estão acima e qualquer crença, classe social ou moralismo hipócrita.
Vamos aos fatos: na última semana, numa delegacia da Barra da Tijuca uma empregada doméstica que estava indo ao médico foi agredida num ponto de ônibus. Isso ocorreu por volta de cinco e cinco e meia da manhã segundo seu relato um carro parou no ponto, um grupo de jovens desceu do veículo e a espancou sem qualquer motivo aparente (se é que há motivo para agredir alguém). Para sorte dessa moa ainda existem seres humanos dignos, um taxista que testemunhou a agressão anotou a placa do carro e levou ao local onde a doméstica trabalhava. A polícia identificou e prendeu os agressores, todos rapazes “bem criados” e bem nutridos que moram numa dessas fortalezas chamadas condomínios fechados. A alegação deles para o crime foi a mais interessante, eles fizeram aquilo porque pensavam que ela era uma prostituta.
Agora vejam vocês, esses rapazes que sempre tiveram conforto, estudaram em boas escolas, possivelmente estudam nas melhores faculdades do Rio e que herdaram, provavelmente, os negócios da família de acharam no direito de parar o carro numa avenida e simplesmente espancar uma pessoa devido a sua atividade, ou seja, esses meninos bem educados se acharam no direito de julgar e executar esse julgamento pelo simples fato de uma pessoa muita das vezes num ato de desespero e desencanto vende o seu corpo para não morrer de fome, essas crianças se viram na “missão” de “limpar a rua” de prostitutas. E não se deram ao trabalho de imaginar que essa “puta” é alguém que ama, sofre, come, dorme, consome e vive como qualquer pessoa digna e o pior acharam que por estar andando de madrugada qualquer mulher e prostituta e não cogitaram que poderia ser uma empregada doméstica.
O que mais me assusta é que existem aos montes outros meninos iguais a esses. Eu sou professor formado e ainda não exerço a função e me pergunto onde estão os pais desses pequenos monstros, que valores eles estão transmitindo aos seus filhos e pior ainda, como será a sociedade quando esses moleques assumirem o lugar dos pais, porque esses foram pegos, acredito infelizmente que não por muito tempo, já que o papai com certeza contratará um bom advogado para livrar a cara deles, mas os que estão por aí sem serem descobertos.
Esse é um desabafo de um educador indignado e um cidadão assustado, essa doméstica poderia ser minha irmã, sua prima, a amiga do seu vizinho, poderia ser alguém próximo a qualquer um de nós. Para terminar faço um apelo a todos os pais que acham que educar é mandar seus filhos para a Disney e mais nada: olhem para suas crianças, vejam o que estão fazendo, vocês podem estar criando um monstro. E não me venham com desculpas que trabalham demais, meus pais também trabalhavam demais e não saio por aí espancando empregadas ou prostitutas.
Vamos aos fatos: na última semana, numa delegacia da Barra da Tijuca uma empregada doméstica que estava indo ao médico foi agredida num ponto de ônibus. Isso ocorreu por volta de cinco e cinco e meia da manhã segundo seu relato um carro parou no ponto, um grupo de jovens desceu do veículo e a espancou sem qualquer motivo aparente (se é que há motivo para agredir alguém). Para sorte dessa moa ainda existem seres humanos dignos, um taxista que testemunhou a agressão anotou a placa do carro e levou ao local onde a doméstica trabalhava. A polícia identificou e prendeu os agressores, todos rapazes “bem criados” e bem nutridos que moram numa dessas fortalezas chamadas condomínios fechados. A alegação deles para o crime foi a mais interessante, eles fizeram aquilo porque pensavam que ela era uma prostituta.
Agora vejam vocês, esses rapazes que sempre tiveram conforto, estudaram em boas escolas, possivelmente estudam nas melhores faculdades do Rio e que herdaram, provavelmente, os negócios da família de acharam no direito de parar o carro numa avenida e simplesmente espancar uma pessoa devido a sua atividade, ou seja, esses meninos bem educados se acharam no direito de julgar e executar esse julgamento pelo simples fato de uma pessoa muita das vezes num ato de desespero e desencanto vende o seu corpo para não morrer de fome, essas crianças se viram na “missão” de “limpar a rua” de prostitutas. E não se deram ao trabalho de imaginar que essa “puta” é alguém que ama, sofre, come, dorme, consome e vive como qualquer pessoa digna e o pior acharam que por estar andando de madrugada qualquer mulher e prostituta e não cogitaram que poderia ser uma empregada doméstica.
O que mais me assusta é que existem aos montes outros meninos iguais a esses. Eu sou professor formado e ainda não exerço a função e me pergunto onde estão os pais desses pequenos monstros, que valores eles estão transmitindo aos seus filhos e pior ainda, como será a sociedade quando esses moleques assumirem o lugar dos pais, porque esses foram pegos, acredito infelizmente que não por muito tempo, já que o papai com certeza contratará um bom advogado para livrar a cara deles, mas os que estão por aí sem serem descobertos.
Esse é um desabafo de um educador indignado e um cidadão assustado, essa doméstica poderia ser minha irmã, sua prima, a amiga do seu vizinho, poderia ser alguém próximo a qualquer um de nós. Para terminar faço um apelo a todos os pais que acham que educar é mandar seus filhos para a Disney e mais nada: olhem para suas crianças, vejam o que estão fazendo, vocês podem estar criando um monstro. E não me venham com desculpas que trabalham demais, meus pais também trabalhavam demais e não saio por aí espancando empregadas ou prostitutas.