terça-feira, 26 de agosto de 2008

PRETENDO FAZER UMA POESIA

O que escrever?
Pretendo fazer uma poesia,
Para preencher o espaço da folha,
Para preencher o espaço em mim,
Mas não sei o que escrever.

Não consigo achar as palavras
Para minha poesia.
Palavras que se unam e formem versos
Que vão se juntar em estrofes
Para formar minha poesia.

Busco um tema.
Algo que saia de dentro de mim e penetre em todos.
Um tema que seja universal,
Que atinja o coração dos homens com a mesma
Força que saiu do meu.

Já está chegando ao fim a minha poesia.
Com poucas palavras,
Sem nenhum tema,
Mas que saiu de dentro de mim
Para todos que queiram ler
A minha poesia.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

POEMA A UMA AMIGA

Dedico a ti este poema, querida amiga,
Po todos os sorrisos que me doou.
Dedico a ti este poema, querida amiga,
Por todas as sábias palavras que me ofertou
Em nossas conversas.
Dedico a ti este poema, querida amiga,
Por andar ao meu lado,
Por suas orações,
Por dividir seus momentos felizes
Com extrema generosidade.
Dedico a ti este poema, querida amiga,
Por ter ajudado a secar minhas lágrimas,
Por ter crescido comigo,
Por ter compartilhado seu pranto.
E é po isso, querida amiga,
Que dedico a ti esse poema.


(Dedicado a minha querida amiga Selma Dezonne, companheira de faculdade, mente brilhante e poetisa ímpar e da qual tenho enorme admiração.)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

UM OLHAR

Um olhar furtivo me observa na janela.
Vigia cada passo, cada gesto.
Sabe da minha vida mais que da sua própria,
Como o Grande Irmão, me segue
A cada segundo.

Esse olhar é impertinente.
Ele vê além de mim,
Enxerga além dos muros,
Das minhas roupas,
Do meu corpo,
Invade minha alma.

Não quer saber de si,
Só de quem eu sou,
Não quer olhar suas dores,
E sim meus sabores,
Não quer se refletir,
Só quer saber com quem saí,
Dormí, o que comi.

Esse olhar não sai da janela,
Mas me acompanha a cada passo,
Na rua,
Em casa,
No meio do mundo.

Ele não sabe de si,
Não faz nada para ser feliz,
Sua felicidade é me vigiar,
Sua fome é meu ser,
Meu querer,
Meu viver.

Um olhar incisivo me observa na janela...

O PESO...

Fugindo a proposta do blog, pela primeira vez publico um texto que não é meu. Essa linda poesia foi escrita por Selma Dezonne, grande e talentosa amiga que admiro bastante.
Sinto-me curvar...
O que me pesa?
Seria o tempo?
Não ... sou ainda muito jovem,
o tempo ainda não se faz pesar!

Sinto-me curvar...
O que me pesa?
Seria a tristeza?
Não... o amor e a alegria ainda habitam
em mim a tristeza não se faz pesar!

Sinto-me curvar...
Algo me pesa!
Dir-te-ei o que é ...

Sinto-me curvar... pelo peso dos livros que li,
pelo tanto de conhecimento que adquiri...
pelo peso de tudo que sei,
pelo tudo que aprendi e em nada se aproveita...
Por isso sinto-me curvar!!

De que me serve tanta informação
em um Mundo que não se conhece??!!
Há se eu soubesse o peso do conhecimento...
em meio a um Mundo de tantas ignorâncias!

Há se eu soubesse...
Que existem momentos em que o não saber nos faz leves...
Que o fardo da ignorância é leve feito o julgo dos humildes!
Há se eu soubesse que o preço a si pagar
pela farta Sabedoria era perder a ilusão...
Há se eu soubesse... Se de tudo isso eu soubesse...
Teria lhe pedido a Deus??!
Teria eu a tornado Senhora da minha vida!?!

Mas, mesmo com tantas batalhas perdidas,
e tantos sonhos lançados ao chão...
Eis que Sabedoria... Eu te quero bem!
Ó como eu te amo, Sabedoria!
Pois, só tu há de me ensinar a tornar-te sobre mim... leve!!

Por Selma Dezonne 24/07/2008