Viu-se pela primeira vez, depois da transformação. Não era mais a mesma. Estava mais bonita, não, estava linda. Tinha o rosto triangular com maçãs acentuadas e um sorriso de capa de revista. Continuava magra, no entanto seus seios aumentaram, pareciam os de modelos da Playboy, grandes, rijos e deslumbrantes. Como tinha a cintura fina e os quadris e os glúteos foram alargados, o resultado foi surpreendente. Mas não reparou na mudança mais importante, não reparou nos seus olhos, na sua felicidade não reparou que o brilho singular dos seus olhos havia desaparecido.
Agora tinha tudo que queria. Era desejada, os homens a admiravam, mulheres a invejavam. Tinha os homens que queria aos seus pés, não precisava se esconder, não precisava odiar sua imagem no espelho. Estava feliz. Entretanto seus amigos e familiares notaram não só a mudança do seu corpo, mas também a do seu olhar, tinha perdido seu brilho, foi embora a sua alma. Todos se afastaram, a deixaram. Ela foi ficando cada vez mais só e odiando cada vez mais o resultado de sua transformação. O que era para ser um sonho realizado se tornou o motivo do se sofrimento. Bárbara não conseguia entender como as pessoas repudiavam tanto sua felicidade, não entendia por que quando era feia e sem graça todos gostavam dela e agora que era o que sempre sonhou todos que amava lhe viraram as costas.
Ela estava infeliz naquela manhã. Sem amigos, sem familiares, até seus amores superficiais não lhe alegravam mais. Tinha perdido tudo. Olhou-se no espelho mais uma vez, não sabia quem a encarava, não conhecia essa estranha no espelho, não tinha mais o brilho no olhar. Sem amigos, já não tinha mais alma. Sem nada a perder tentou o último vôo da borboleta. Atirou-se da ponte, realizou seu último sonho: se fosse para morrer, que morresse linda.
Agora tinha tudo que queria. Era desejada, os homens a admiravam, mulheres a invejavam. Tinha os homens que queria aos seus pés, não precisava se esconder, não precisava odiar sua imagem no espelho. Estava feliz. Entretanto seus amigos e familiares notaram não só a mudança do seu corpo, mas também a do seu olhar, tinha perdido seu brilho, foi embora a sua alma. Todos se afastaram, a deixaram. Ela foi ficando cada vez mais só e odiando cada vez mais o resultado de sua transformação. O que era para ser um sonho realizado se tornou o motivo do se sofrimento. Bárbara não conseguia entender como as pessoas repudiavam tanto sua felicidade, não entendia por que quando era feia e sem graça todos gostavam dela e agora que era o que sempre sonhou todos que amava lhe viraram as costas.
Ela estava infeliz naquela manhã. Sem amigos, sem familiares, até seus amores superficiais não lhe alegravam mais. Tinha perdido tudo. Olhou-se no espelho mais uma vez, não sabia quem a encarava, não conhecia essa estranha no espelho, não tinha mais o brilho no olhar. Sem amigos, já não tinha mais alma. Sem nada a perder tentou o último vôo da borboleta. Atirou-se da ponte, realizou seu último sonho: se fosse para morrer, que morresse linda.