(Continuação...)
O ônibus começou sua jornada rumo à Vila Valqueire. Alberto sentia seus olhos pesados, o balanço da condução o levou a um estado de sonolência devido ao cansaço do corpo e ao álcool em seu sangue. Ele começou a cochilar, porém não descansava. Não tinha alcançado ainda o merecido descanso de um andarilho urbano. Ele fechava e abria os olhos. Parecia que eram poucos segundos, mas cada vez que abria e olhava a janela via-se mais e mais distante do Centro. Quando já havia passado da Celso Lisboa, olhou para frente do ônibus, estava sonolento, tentava manter os olhos abertos, porém eles não lhe obedeciam, e foi num desses instantes, nesses segundos que os manteve abertos que viu um vulto. Um vulto já conhecido que vinha lhe perseguindo desde cedo. Como não conseguia ficar acordado e estava ainda muito embriagado achou que fosse alucinação ou sonho, voltou a fechar os olhos, mas ficou inquieto, tentou recobrar a lucidez, tentou abrir os olhos e quando conseguiu viu que era aquele homem misterioso que o seguia. Não era possível, Alberto não podia acreditar. Ele estava lá sentado na sua frente no mesmo ônibus, mas onde ele o pegou? E para onde ele ia? O que queria com o rapaz? Eram muitas perguntas que o jovem tentava responder. Ele estava confuso. Não pensava direito. Estava com medo. Já começava a ficar assustado e não tinha dúvidas de que realmente estava sendo seguido e não sonhando. Num impulso, forçando-se ao máximo para se recompor, se manter sóbrio e entender o que estava acontecendo, Alberto levantou-se, foi até o banco, mas o ônibus ia muito rápido e numa curva ele se desequilibrou, caiu num banco vazio. Nesse instante o homem misterioso, levantou, tocou o sinal e desceu no primeiro ponto da Dias da Cruz. Alberto tentou ver seu rosto na claridade do ônibus, só que nesse momento o motorista desligou as luzes e reacendeu-as no mesmo momento, mas foi tempo suficiente para o homem descer sem que seu rosto fosse visto. Alberto ainda olhou pela janela, porém o homem já havia sumido na escuridão da noite.
Ele estava cada vez mais confuso, mais assustado. Não se lembrava do que havia feito, não sabia se o sangue na suas mãos era algum ferimento seu ou não, a embriaguez custava a passar, e ele já estava achando que tinha muito mais naqueles drinks do que apenas álcool, além disso, não conseguia entender por que estava sendo seguido, nem por quem.
Como o jovem andarilho não conseguia achar resposta alguma para suas indagações, resolveu então descansar enquanto não chegava em casa. Estava na metade do caminho e tinha muito tempo ainda para cochilar. Novamente fechou os olhos. Tentou relaxar. No decorrer do percurso sua sobriedade voltava lentamente, e junto dela vinham flashs da noitada. Tudo muito desconexo, muito confuso. Hora vinha a imagem de uma mulher, porém seu rosto era nebuloso. Então essa imagem sumia e era substituída por uma discussão com um homem desconhecido. Acontecia uma briga. Ouvia gritos. Correria. Tudo muito rápido e fora de ordem. Tudo muito confuso. Num outro momento ele se via no balcão do bar rindo, tomando um drink. Alberto não entendia o que eram aquelas imagens, o que elas significavam. Ele ficou atordoado com tudo aquilo e resolveu se manter mais acordado. O vento que entrava pela janela era frio e revigorante. Era uma ótima maneira de curar o seu porre. E também estava mais perto de casa e se dormisse novamente poderia passar do ponto. Com certeza isso iria coroar ainda mais uma noite tão perturbadora.
Alberto se deu conta de que quanto mais se aproximava do seu destino, mais ia recuperando a lucidez, e com isso as coisas começavam a ficar claras. A primeira coisa que lhe ocorreu foi que o nome e o telefone no papel em seu bolso eram da mulher misteriosa que vez por outra aparecia em seu pensamento. De alguma forma ela estava ligada a confusão, ao homem com quem discutira e quem sabe com o homem misterioso que vinha lhe seguindo. Inclusive quanto a isso, pelo menos, ele havia descido muito longe e não estava mais atrás dele e o rapaz começava a pensar que esse homem era só mais um andarilho da noite carioca e que ele é que estava muito bêbado e por isso achou que estava sendo seguido. Riu de si mesmo, de sua paranóia e se achou ridículo em pensar que um homem soturno havia de segui-lo noite afora para o que quer que fosse.
Como o jovem andarilho não conseguia achar resposta alguma para suas indagações, resolveu então descansar enquanto não chegava em casa. Estava na metade do caminho e tinha muito tempo ainda para cochilar. Novamente fechou os olhos. Tentou relaxar. No decorrer do percurso sua sobriedade voltava lentamente, e junto dela vinham flashs da noitada. Tudo muito desconexo, muito confuso. Hora vinha a imagem de uma mulher, porém seu rosto era nebuloso. Então essa imagem sumia e era substituída por uma discussão com um homem desconhecido. Acontecia uma briga. Ouvia gritos. Correria. Tudo muito rápido e fora de ordem. Tudo muito confuso. Num outro momento ele se via no balcão do bar rindo, tomando um drink. Alberto não entendia o que eram aquelas imagens, o que elas significavam. Ele ficou atordoado com tudo aquilo e resolveu se manter mais acordado. O vento que entrava pela janela era frio e revigorante. Era uma ótima maneira de curar o seu porre. E também estava mais perto de casa e se dormisse novamente poderia passar do ponto. Com certeza isso iria coroar ainda mais uma noite tão perturbadora.
Alberto se deu conta de que quanto mais se aproximava do seu destino, mais ia recuperando a lucidez, e com isso as coisas começavam a ficar claras. A primeira coisa que lhe ocorreu foi que o nome e o telefone no papel em seu bolso eram da mulher misteriosa que vez por outra aparecia em seu pensamento. De alguma forma ela estava ligada a confusão, ao homem com quem discutira e quem sabe com o homem misterioso que vinha lhe seguindo. Inclusive quanto a isso, pelo menos, ele havia descido muito longe e não estava mais atrás dele e o rapaz começava a pensar que esse homem era só mais um andarilho da noite carioca e que ele é que estava muito bêbado e por isso achou que estava sendo seguido. Riu de si mesmo, de sua paranóia e se achou ridículo em pensar que um homem soturno havia de segui-lo noite afora para o que quer que fosse.
(Continua na Próxima semana.)