(Continuação.)
Numa noite, ao voltar para casa, planejando uma possível mudança, as pessoas já estranhavam que sua mulher não voltava, Pedro entrou em casa e ficou intrigado: a luz da cozinha estava acesa, o rádio ligado na estação favorita de Vânia. Achou aquilo estranho, não se lembrava de ter ligado o rádio pela manhã e o fato de ser justo nesta estação, bem, ele não ligava o aparelho desde aquela noite. Também não lembrava de ter deixado a luz da cozinha acesa. Passou pelo rádio, desligou e foi entrando na cozinha já com a mão no interruptor. Pedro ficou paralisado, não sabia o que fazer e apenas ficou olhando sem qualquer reação. Não podia acreditar, de costas para a porta, fazendo o jantar e cantarolando estava Vânia. Fazendo o jantar como sempre fazia e cantando a mesma canção. Ela se virou para ele. Seu rosto estava lívido como cera, seus olhos estavam sem vida, ela sorria para ele, mas seus dentes estavam amarelados e no seu pescoço estava a ferida aberta onde antes havia um machado. Ele foi recuando assustado, sem saber o que fazer foi andando para a sala devagar, enquanto isso ela procurava iniciar uma conversa informal como sempre fazia quando Pedro chegava:
- Como foi seu dia querido? Espero que não esteja com tanta fome, o jantar vai demorar um pouco.
Pedro não acreditava nos seus olhos, estava louco, pensou ele. Não podia ser, ela estava morta, ele mesmo a matou, o que era isso? Vânia ia voltar para a cozinha, então se virou e disse:
- Ah querido, ia me esquecendo... O Mauro vem jantar aqui hoje conosco, você não se importa não é? Ou você tinha outros planos para nós? - Dito isso voltou para a cozinha terminar o jantar.
Pedro estava apavorado, não sabia o que fazer, não conseguia pensar direito. Correu até o quintal. Foi até o local exato onde tinha enterrado os dois traidores. O lugar estava intacto. A terra não havia sido remexida. Então voltou para a sala, tinha que pensar em algo, ele não podia estar louco. Possivelmente isso tudo era um pesadelo e iria acordar a qualquer momento. Mas seu medo aumentou. Quando olhou para a janela da cozinha viu Vânia, ou aquilo que parecia ser sua esposa, cortando um pedaço de carne com o mesmo machado sujo de sangue que ele usou para assassiná-los. Pedro entrou correndo em casa, tinha que fazer alguma coisa. Nem teve tempo de planejar. Assim que entrou tocou a campainha. Ele foi abrir e tentava inventar alguma coisa para justificar aquele cadáver ambulante em sua casa. Abriu a porta apreensivo e quase desmaiou. Na sua frente, sorrindo com a mão estendida para cumprimentá-lo, estava Mauro com o mesmo olhar sem vida, o mesmo sorriso amarelado e com a cabeça aberta no mesmo lugar que entrara o machado.
Ele não pensou mais em nada apenas estendeu a mão para Mauro, não teve mais qualquer reação. Ao tocar a mão do amigo sentiu-a fria e do seu corpo saia um cheiro de terra com lama. Eles sentaram no sofá e Mauro foi até a cozinha cumprimentar Vânia e trazer duas cervejas. Pedro ficava cada vez mais em pânico. Não conseguia entender toda essa loucura. Mortos não voltavam do túmulo, não bebiam cerveja, não cozinhavam. Aquilo não estava certo. Enquanto isso Mauro falava de trivialidades, comentava sua última viagem, falava de futebol, que era do que gostava de falar e Pedro respondia com palavras curtas. Nesse intervalo Vânia pôs a mesa do jantar e chamou-os. Ela sentou ao lado de Pedro, acariciou sua mão e começou a falar de assuntos banais.
O jantar foi correndo dentro de uma normalidade que assombrava Pedro. Este enlouquecia cada vez mais. Olhava para os dois agindo como se nada tivesse acontecido. Parecia que não se davam conta de suas mortes. Olhava para a mesa e via o machado que Vânia usava para cortar a carne. O que pretendiam. O enlouquecer? Estavam conseguindo. Assombrar-lhe para sempre? Ele não suportaria. As horas iam passando. Os dois continuavam lá. Pedro já começava a falar coisas sem sentido. Dizia que eles tinham que perdoá-lo, que ele não queria ter feito aquilo, mas eles não davam importância, apenas papeavam. Pedro se desesperava cada vez mais, tudo a sua volta já não fazia mais sentido. Ele só queria sair dali, se livrar daqueles dois zumbis que tinham voltado para atormentá-lo.
Pedro olhou o relógio. Eram duas e meia da manhã. Foi exatamente nessa hora semanas atrás que Vânia e Mauro foram assassinados. E era nessa mesma hora que os dois se encontravam na sua sala, jogando cartas e bebericando. Era nessa mesma hora que Pedro, já completamente sem juízo, daria um fim ao seu crime perfeito. Ele se levanta, vai ao telefone e chama a polícia. Num instante de lucidez ele pensa: o que vou falar para eles, que tem dois defuntos na minha sala jogando sueca? Eles não iam acreditar. Quando ouviu alguém dizer alô ele disse:
- Houve um crime na Rua Dr. Ricardo Reis 1936, venham rápido.
Colocou o telefone no gancho, sem qualquer razão olhou para os dois. Mauro sorriu para ele e disse:
- Fez a coisa certa meu amigo.
Pedro voltou para o sofá e ficou aguardando a polícia enquanto os dois conversavam. Já não suportava o cheiro de carne morta misturada ao cheiro de terra. Não sabia o que ia fazer, apenas esperou os policiais. Não demorou muito e sirenes piscaram em sua janela. Ele correu desesperado para o portão. Mal os policiais entraram no jardim ele foi dizendo:
- Tira eles daqui, eles estão na minha sala, tira eles daqui!
- Eles quem senhor? Informaram que houve um crime aqui, foi o senhor que ligou?
- Foi, é pra tirar eles daqui, vem, eles estão na sala, com o machado, vem...
Pedro estava transtornado. Entrou correndo na sala seguido dos policiais.
- Lá estão eles, leva eles daqui que eu não agüento mais.
Os guardas se entreolhavam. Um deles disse:
- Senhor, não tem ninguém aqui.
Pedro correu os olhos pela sala, não havia ninguém. Mas sua mente estava a muito abalada, ele virou para os policiais e disse:
- Eles foram pro quintal, eles se esconderam lá, eu mostro pra vocês.
- Eles quem senhor, o senhor está bem?
- Estou, vem rápido antes que eles fujam.
Pedro estava desesperado, ele correu na frente dos guardas, pegou a pá e começou a cavar no local onde havia enterrado sua esposa e seu amante.
- Estão aqui. Os dois traidores. Estão aqui. Estão se escondendo de mim. Não querem que eu saiba o que estão fazendo, mas eu sei onde eles estão. Aqui olhem, eles estão aqui!
Pedro chamou os policiais. Estava completamente louco. Os policiais se aproximaram. Na beira da cova eles viram o que Pedro escondeu por semanas: os corpos decompostos de Vânia e Mauro e o machado ainda manchado de sangue. Pedro enlouquecido gritava para os policiais:
- Leva eles daqui. Leva eles embora. Eles querem me levar para junto deles. Eu não quero ir. Leva eles embora!
Pedro saiu carregado por dois policiais. Os vizinhos se juntaram no portão para ver o que estava acontecendo. Ouviram uma gritaria, viram um carro de polícia se aproximar e todos assistiram a prisão dele. Uns diziam que ele tinha cozinhado a mulher e o amante, outros que tinha enterrado no quintal, outros mais criativos ainda diziam que os corpos ainda estavam dentro da casa e que já tinham visto Pedro, naquela noite mesmo, conversando com eles. Quando saiu o carro cada um foi para sua casa e essa história rendeu os comentários maledicentes por, no máximo, três semanas.
Pedro não mora mais na Rua Dr. Ricardo Reis 1936, agora ele vive numa cela acolchoada num hospital psiquiátrico para detentos. Já se passaram dois anos. Pedro foi julgado como louco. Vive a base de sedativos e drogas pesadas. Os médicos dizem que seu quadro clínico é devido à culpa da traição e do assassinato de pessoas que amava. Mas dizem também que aos poucos ele vai recobrando a lucidez, em algum tempo pode até ser que ele possa se integrar à sociedade.
A sua memória está voltando. Durante esses dois anos que lhe medicavam ele tinha um único sonho, era seu reflexo vermelho diante do espelho de sua antiga casa. Era a única imagem que vinha na sua cabeça. Mas ele está ficando melhor, consegue lembrar do que aconteceu, só que não lembrar como a polícia descobriu, como foram parar na sua casa naquela noite. Não sente culpa pelas mortes. Na verdade não sente nada. A enfermeira está voltando. Vai aplicar uma outra dose dos remédios. Novamente vai dormir e ter aquele sonho vermelho, é melhor isso que pensar em tudo que aconteceu.
Pedro acordou horas depois, estava tonto, via tudo embaçado. Sentiu que tinha alguém o observando. Não identificava quem era. Poderia ser qualquer um, o médico, a enfermeira com uma nova dose, sua visão estava muito turva para identificar. Foi melhorando aos poucos. Viu que havia mais duas pessoas em sua cela. Achou estranho, em dois anos não havia tido companhia de ninguém. Se estivesse como ele, meio lúcido, teria alguém para conversar e isso era bom. Como não estava imobilizado conseguiu coçar os olhos para enxergar melhor. Entrou em pânico. Começou a gritar. A enfermeira veio correndo com outros para segurá-lo. Pedro tinha tido uma crise e gritava:
- Tira eles daqui, tira eles daqui!
- Mas não tem ninguém aqui, só você!
- Mentira, tira eles daqui!
Os enfermeiros conseguiram imobilizá-lo e lhe aplicaram um sedativo mais forte. Pedro foi acalmando e enquanto seus olhos iam fechando ele pôde ver Vânia e Mauro ao seu lado, lhe fazendo companhia e sorrindo carinhosamente. E enquanto ele adormecia, Vânia dizia:
- Eu nunca vou te deixar sozinho, meu amor, pode acreditar.
- Nem eu, até por que amigos de verdade são pra essas coisas!
- Nós vamos cuidar muito bem de você, pode ter certeza disso!
- Como foi seu dia querido? Espero que não esteja com tanta fome, o jantar vai demorar um pouco.
Pedro não acreditava nos seus olhos, estava louco, pensou ele. Não podia ser, ela estava morta, ele mesmo a matou, o que era isso? Vânia ia voltar para a cozinha, então se virou e disse:
- Ah querido, ia me esquecendo... O Mauro vem jantar aqui hoje conosco, você não se importa não é? Ou você tinha outros planos para nós? - Dito isso voltou para a cozinha terminar o jantar.
Pedro estava apavorado, não sabia o que fazer, não conseguia pensar direito. Correu até o quintal. Foi até o local exato onde tinha enterrado os dois traidores. O lugar estava intacto. A terra não havia sido remexida. Então voltou para a sala, tinha que pensar em algo, ele não podia estar louco. Possivelmente isso tudo era um pesadelo e iria acordar a qualquer momento. Mas seu medo aumentou. Quando olhou para a janela da cozinha viu Vânia, ou aquilo que parecia ser sua esposa, cortando um pedaço de carne com o mesmo machado sujo de sangue que ele usou para assassiná-los. Pedro entrou correndo em casa, tinha que fazer alguma coisa. Nem teve tempo de planejar. Assim que entrou tocou a campainha. Ele foi abrir e tentava inventar alguma coisa para justificar aquele cadáver ambulante em sua casa. Abriu a porta apreensivo e quase desmaiou. Na sua frente, sorrindo com a mão estendida para cumprimentá-lo, estava Mauro com o mesmo olhar sem vida, o mesmo sorriso amarelado e com a cabeça aberta no mesmo lugar que entrara o machado.
Ele não pensou mais em nada apenas estendeu a mão para Mauro, não teve mais qualquer reação. Ao tocar a mão do amigo sentiu-a fria e do seu corpo saia um cheiro de terra com lama. Eles sentaram no sofá e Mauro foi até a cozinha cumprimentar Vânia e trazer duas cervejas. Pedro ficava cada vez mais em pânico. Não conseguia entender toda essa loucura. Mortos não voltavam do túmulo, não bebiam cerveja, não cozinhavam. Aquilo não estava certo. Enquanto isso Mauro falava de trivialidades, comentava sua última viagem, falava de futebol, que era do que gostava de falar e Pedro respondia com palavras curtas. Nesse intervalo Vânia pôs a mesa do jantar e chamou-os. Ela sentou ao lado de Pedro, acariciou sua mão e começou a falar de assuntos banais.
O jantar foi correndo dentro de uma normalidade que assombrava Pedro. Este enlouquecia cada vez mais. Olhava para os dois agindo como se nada tivesse acontecido. Parecia que não se davam conta de suas mortes. Olhava para a mesa e via o machado que Vânia usava para cortar a carne. O que pretendiam. O enlouquecer? Estavam conseguindo. Assombrar-lhe para sempre? Ele não suportaria. As horas iam passando. Os dois continuavam lá. Pedro já começava a falar coisas sem sentido. Dizia que eles tinham que perdoá-lo, que ele não queria ter feito aquilo, mas eles não davam importância, apenas papeavam. Pedro se desesperava cada vez mais, tudo a sua volta já não fazia mais sentido. Ele só queria sair dali, se livrar daqueles dois zumbis que tinham voltado para atormentá-lo.
Pedro olhou o relógio. Eram duas e meia da manhã. Foi exatamente nessa hora semanas atrás que Vânia e Mauro foram assassinados. E era nessa mesma hora que os dois se encontravam na sua sala, jogando cartas e bebericando. Era nessa mesma hora que Pedro, já completamente sem juízo, daria um fim ao seu crime perfeito. Ele se levanta, vai ao telefone e chama a polícia. Num instante de lucidez ele pensa: o que vou falar para eles, que tem dois defuntos na minha sala jogando sueca? Eles não iam acreditar. Quando ouviu alguém dizer alô ele disse:
- Houve um crime na Rua Dr. Ricardo Reis 1936, venham rápido.
Colocou o telefone no gancho, sem qualquer razão olhou para os dois. Mauro sorriu para ele e disse:
- Fez a coisa certa meu amigo.
Pedro voltou para o sofá e ficou aguardando a polícia enquanto os dois conversavam. Já não suportava o cheiro de carne morta misturada ao cheiro de terra. Não sabia o que ia fazer, apenas esperou os policiais. Não demorou muito e sirenes piscaram em sua janela. Ele correu desesperado para o portão. Mal os policiais entraram no jardim ele foi dizendo:
- Tira eles daqui, eles estão na minha sala, tira eles daqui!
- Eles quem senhor? Informaram que houve um crime aqui, foi o senhor que ligou?
- Foi, é pra tirar eles daqui, vem, eles estão na sala, com o machado, vem...
Pedro estava transtornado. Entrou correndo na sala seguido dos policiais.
- Lá estão eles, leva eles daqui que eu não agüento mais.
Os guardas se entreolhavam. Um deles disse:
- Senhor, não tem ninguém aqui.
Pedro correu os olhos pela sala, não havia ninguém. Mas sua mente estava a muito abalada, ele virou para os policiais e disse:
- Eles foram pro quintal, eles se esconderam lá, eu mostro pra vocês.
- Eles quem senhor, o senhor está bem?
- Estou, vem rápido antes que eles fujam.
Pedro estava desesperado, ele correu na frente dos guardas, pegou a pá e começou a cavar no local onde havia enterrado sua esposa e seu amante.
- Estão aqui. Os dois traidores. Estão aqui. Estão se escondendo de mim. Não querem que eu saiba o que estão fazendo, mas eu sei onde eles estão. Aqui olhem, eles estão aqui!
Pedro chamou os policiais. Estava completamente louco. Os policiais se aproximaram. Na beira da cova eles viram o que Pedro escondeu por semanas: os corpos decompostos de Vânia e Mauro e o machado ainda manchado de sangue. Pedro enlouquecido gritava para os policiais:
- Leva eles daqui. Leva eles embora. Eles querem me levar para junto deles. Eu não quero ir. Leva eles embora!
Pedro saiu carregado por dois policiais. Os vizinhos se juntaram no portão para ver o que estava acontecendo. Ouviram uma gritaria, viram um carro de polícia se aproximar e todos assistiram a prisão dele. Uns diziam que ele tinha cozinhado a mulher e o amante, outros que tinha enterrado no quintal, outros mais criativos ainda diziam que os corpos ainda estavam dentro da casa e que já tinham visto Pedro, naquela noite mesmo, conversando com eles. Quando saiu o carro cada um foi para sua casa e essa história rendeu os comentários maledicentes por, no máximo, três semanas.
Pedro não mora mais na Rua Dr. Ricardo Reis 1936, agora ele vive numa cela acolchoada num hospital psiquiátrico para detentos. Já se passaram dois anos. Pedro foi julgado como louco. Vive a base de sedativos e drogas pesadas. Os médicos dizem que seu quadro clínico é devido à culpa da traição e do assassinato de pessoas que amava. Mas dizem também que aos poucos ele vai recobrando a lucidez, em algum tempo pode até ser que ele possa se integrar à sociedade.
A sua memória está voltando. Durante esses dois anos que lhe medicavam ele tinha um único sonho, era seu reflexo vermelho diante do espelho de sua antiga casa. Era a única imagem que vinha na sua cabeça. Mas ele está ficando melhor, consegue lembrar do que aconteceu, só que não lembrar como a polícia descobriu, como foram parar na sua casa naquela noite. Não sente culpa pelas mortes. Na verdade não sente nada. A enfermeira está voltando. Vai aplicar uma outra dose dos remédios. Novamente vai dormir e ter aquele sonho vermelho, é melhor isso que pensar em tudo que aconteceu.
Pedro acordou horas depois, estava tonto, via tudo embaçado. Sentiu que tinha alguém o observando. Não identificava quem era. Poderia ser qualquer um, o médico, a enfermeira com uma nova dose, sua visão estava muito turva para identificar. Foi melhorando aos poucos. Viu que havia mais duas pessoas em sua cela. Achou estranho, em dois anos não havia tido companhia de ninguém. Se estivesse como ele, meio lúcido, teria alguém para conversar e isso era bom. Como não estava imobilizado conseguiu coçar os olhos para enxergar melhor. Entrou em pânico. Começou a gritar. A enfermeira veio correndo com outros para segurá-lo. Pedro tinha tido uma crise e gritava:
- Tira eles daqui, tira eles daqui!
- Mas não tem ninguém aqui, só você!
- Mentira, tira eles daqui!
Os enfermeiros conseguiram imobilizá-lo e lhe aplicaram um sedativo mais forte. Pedro foi acalmando e enquanto seus olhos iam fechando ele pôde ver Vânia e Mauro ao seu lado, lhe fazendo companhia e sorrindo carinhosamente. E enquanto ele adormecia, Vânia dizia:
- Eu nunca vou te deixar sozinho, meu amor, pode acreditar.
- Nem eu, até por que amigos de verdade são pra essas coisas!
- Nós vamos cuidar muito bem de você, pode ter certeza disso!