quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010

Alguém está se dando ao trabalho de assistir ao Horário Eleitoral Gratuíto?
O que é aquilo? É a caoisa mais dadata e sem noção que já vi! observem?
Nas propagandas dos principais candidatos - Serra, Dilma e Marina - ficam os dois primeiros dizendo o que outro não fez, enaltecendo o que fez, mas no fundo eles estão prometendo a mesmíssima coisa. Os dois partidos são absurdamente iguais e tanto um quanto outro farão melhorias, manterão oque está aí e não mudará nada com relação aos últimos 16 anos.
Já Marina Silva é o frescor dessas eleições, isso se ela tivesse tempo no ar para falar. Ela passa a propaganda inteira mostrando seu corpo-a-corpo com eleitores, aparecem uns artistas cults falando bem dela e no final, por ter pouco tempo, ela orienta o eleitor a visitar o seu site.
Quanto aos candidatos nanicos, bem, esses são um show à parte: ficam flando mal dos 3 mais bem colocados, soltam bravatas e promessas estapafúridias com um discurso stalinista de 1940.
Para governador é muito parecido, só que em escala estadual. O mais divertido são os deputados federais e estaduais. Com muitos candidatos e pouco tempo para falar saem coisas do tipo: "voto é confiança", "eu sou seu representante", "vou lutar por qualquer coisas" e o melhor de todos "você me conhece". Cara eu nunca te vi mais gordo, como posso confiar se nunca visua cara de pau.
Isso mostra como nossa política é ultrapassada. Deve haver uma mudança para que realmente os eleitores possas conhecer as reais propostas dos candidatos, o número de partidos tem que ser menor e eles devem se organizar por ideias afins, é mutia gente falando a mesma coisa.
Usem outras ferramentas como alguns candidatos já fazem como a internet, mas façam algo diferente ou o horário político vai servir apenas pra ser um bom motivo pra ver aquele dvd de música que há muito estamos esperandopra assistir ou pra colocar a leitura em dia.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

FAZENDO O MELHOR

É curioso como nunca pensamos por que tomamos certas atitudes na vida, nem por que insistimos nela. Por exemplo, eu – digo eu por ser autor do texto e poder ilustrar sem ser ofensivo, somente a mim – tenho uma necessidade quase física de escrever, por minhas ideias, porém eu nunca parei para pensar por que tenho essa necessidade. Posso no máximo dizer quando começou, mas por que, que é o mote desta, digamos, terapia.
E é curioso que tudo começou numa farra de garotos quando tinha já 19 anos. Eu costumo ler biografias de escritores, blogueiros e afins e a maioria, pelo menos, escreve desde a infância ou adolescência. Eu comecei no final dela já nem era mais estudante. E no meu caso foi devido a um motivo até bobo. Como era vocalista de uma banda punk (a banda e minha voz eram muito ruins!) e me recusei a cantar uma letra escrita por um dos componentes, ao me recusar ouvi um sonoro “se não gostou faz melhor”. E até hoje tento fazer melhor.
Acho que é isso que me motiva: fazer melhor. Acho que as razões que me levaram não são relevantes, mas o que me alimenta é, além de aliviar meu coração e esvaziar um pouco essa caixa de loucuras que é minha cabeça, é a busca eterna da perfeição inatingível. Inatingível porque se formos perfeitos acabam os desafios e a vida perde seu sabor.
Como todo bom curioso, eu sempre quis saber como as coisas que me davam prazer eram feitas. Aprendi música, fiz teatro, e como um grande leitor que sempre fui – grande no sentido de praticante quase compulsivo – eu também queria saber qual a sensação de criar, brincar com as palavras, tentar chegar ao coração das pessoas e tocá-las num ponto íntimo que só um bom texto pode tocar. E percebi que tudo é fruto de um árduo trabalho. Na existe inspiração sem o esforço. Você pode até ser talentoso, mas a sua escrita vai ser pobre se não praticar a exaustão.
E foi o que fiz e faço, pois ainda acho minha escrita pequena, não sei se sou autocrítico demais ou essa exigência me motiva a crescer, a verdade é que eu sempre tento fazer melhor. Já tive fases de constrangimento, achava (como ainda acho) que o que escrevia era risível, não mostrava para ninguém, sempre acabava escrevendo para mim. Só depois de muitos anos de pratica da escrita, testando tudo: contos, poesias, crônicas, tive coragem e comecei a postar na internet, recebi elogios, mas ainda assim não acho que sejam tão bons. Então vou tentando e testando, escrevendo para mim que é o que importa e se tocar outros corações além do meu, se meus desabafos e pensamento tiverem alguma importância para que quer que seja, já via valer à pena de continuar fazendo melhor, como há 15 anos faço.