domingo, 27 de janeiro de 2008

COMO CURAR?

Como curar uma ferida que não se vê?
Como sarar uma dor que não se sente?
Como esquecer um amor de sempre?
Eu não sei!
Só sinto,
Só dói,
Só lembro.
Mas tudo bem,
Assim é a vida.
Sigo em frente.
Um dia a ferida cura,
A dor passa
E o amor vira uma doce lembrança.
É só viver... e pronto.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

1968 O ANO QUE MUDOU O MUNDO

Há exatos 40 anos começa o ano que mudaria definitivamente os rumos da cultura e o modo de pensar do Ocidente. O ano foi 1968 e para muitos ele nunca acabou. Nunca na história da humanidade tantas coisas aconteceram num curto espaço de tempo, coisas importantes que refletem até hoje. O ano foi maçado não por um evento, mas vários simultaneamente.
Nesse ano, vários acontecimentos políticos aconteceram que fizeram com que as pessoas não aceitassem mais governos autoritários ou repressores. Só para ficar em alguns exemplos, foi em 68 que aconteceram a macha dos 100.000 no Rio e a as manifestações de maio em Paris, além do início das manifestações em prol dos Direitos Civis dos negros devido ao assassinato de Martin Luther King e uma matéria no New York Times defendendo os direitos dos homossexuais. Graças a isso hoje podemos ter em mãos obras como Feliz Ano Novo, de Ruben Fonseca, ou Morangos Mofados de Caio Fernando Abreu que trata de vários relacionamentos homossexuais.
Outra contribuição desse ano para nossa cultura foi na parte musical. Nesse ano saiu nada mais, nada menos que Tropicália, o disco que formatou a cara da nossa MPB e influenciou até mesmo grupos de rock como Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre S/A e tantos outros.
Nosso teatro também teve um marco em sua história nesse período. Foi nesse ano que foi encenada a peça Roda Viva de Chico Buarque. Proibida pela censura na época foi símbolo de manifestações de artistas pelo direito de se expressar livremente.
Muita coisa ainda mudou nesse ano de desbunde. Se hoje falamos de ecologia, temos processadores que facilitam nossas vidas, se temos consciência de nossos direitos e não abrimos mão de nossa liberdade foi graças aos jovens que tentaram mudar o mundo. Eu poderia escrever várias colunas sobre esse tema, mas não é necessário. Temos apenas que lembra que um dia, num remoto ano do século XX, várias cabeças pensantes resolveram, ao mesmo tempo e em lugares diferentes, mudar suas realidades. E nesse início de ano tentemos seguir seus exemplos e mudar o que não está de açodo com o que pensamos em nossas vidas e quem sabem como eles mudaremos o mundo. Um forte abraço e fiquem com Deus.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

FELIZ 2008 PARA TODOS

Escrevo essa coluna na tarde de 1º de janeiro de 2008. Nesse momento não estou pensando em música nem em literatura. Como é propício do dia, após os excessos das festas de fim de ano, a gente começa a fazer planos, a idealizar sonhos, fazer promessas (que na maioria não serão cumpridas) e como todo brasileiro que pula sete ondas na virada do ano e não come ave que cisque para trás também tenho alguns pedidos a fazer.
Desejo que todos tenham alegria para tocar a vida, apesar das adversidades, que todos tenham esperança que tudo vai melhorar. Desejo que as pessoas se tornem mais tolerantes umas com as outras, que aprendam o verdadeiro sentido de dar a outra face. Que todos amem, a si próprios e aos outros, que com amor tudo fica mais fácil, o perdão, a tolerância, a esperança.
Também desejo que todos tenham consciência do seu papel no mundo, seja ele social ou ecológico. Que as pessoas não venham a abrir mão dos seus direitos, mas também não esqueçam os seus deveres. Que as pessoas tenham respeito pelo próximo, saibam onde começa o seu espaço e onde começa do outro. E não respeitem só os seus idosos, mas sim todos aqueles que já contribuíram uma vida inteira com seu suor e sua vitalidade para o que quer que seja nesse mundo.
Espero que as pessoas tenham coragem. Coragem de mudar suas vidas, caso estejam estagnadas, mas também tenham a humildade de voltar atrás caso vejam que não deu certo. Que procurem olhar para os desfavorecidos sem rancor, preconceito ou qualquer sentimento de piedade. Que olhem aquele que precisa mais que nós como um ser humano que precisa de ajuda sem a necessidade de fazer alarde de qualquer “boa ação”.
E principalmente, que todos busquem a felicidade. Mas não essa felicidade de comercial de margarina ou a vendida pela que associa a um carro do ano, um celular de última geração e uma vida repleta de bens materiais. Não. O que desejo é todos busquem a felicidade plena, nas pequenas coisas da vida. Naquela que se sente ao se divertir com os amigos, ao ver o sorriso de uma criança, naquela que se tem por estar vivo, com saúde, vivendo ao lado que pessoas que nos amam e que são amados por nós. Felicidade essa, que não vem embrulhada para presente e que é sentida com toda a intensidade se vivida plenamente.
Esses são meus desejos para 2008. Que, em resumo, que todos se amem. Tudo que precisamos realmente é disso. E se isso acontecer o que vier depois é lucro porque teremos força para enfrentar qualquer adversidade. Um 2008 maravilhoso para todos você, caros leitores, fiquem com Deus e até a próxima.