quarta-feira, 31 de março de 2010

EU ACREDITO

Mesmo com todas as porradas da vida,
Todas as rasteiras,
Mesmo quando não há uma luz no fim do túnel
(aparente),
Mesmo assim,
Eu acredito.

Mesmo que tenha terminado romances eternos,
Ainda que o amor de uma vida inteira
Durou alguns anos,
Mesmo quando não há mais motivo
Para amar e querer ser feliz com alguém,
Ainda assim,
Eu acredito.

Quanto mais atrocidades vejo
Realizada pela mão do homem,
Em nome de Deus, de uma causa,
Ou apenas por lucro,
Ou gente morrendo de fome e tantas
Calamidades causadas pelo mau uso do planeta,
Mais ainda,
Eu acredito.

E vou caminhando,
Apesar de tudo,
De tudo que fazem a mim,
Tudo que fazem ao mundo,
Sigo em frente,
Caio, levanto,
Olho no horizonte,
Levanto a cabeça e sigo,
Porque, acima de tudo,
Eu acredito.

segunda-feira, 29 de março de 2010

ODE A MEUS HERÓIS

Canto o verso livre de Whitman,
Reverenciando a natureza, o amor livre, o homem
A mulher.

Canto o hediondo, o grotesco,
As palavras poeticamente científicas
Das ciências naturais, da natureza
Dos anjos de Augusto.

Canto o céu e o inferno.
Canto a Bahia, Deus, Jesus crucificado.
A ti canto estes versos, Gregório de Matos.

A Pessoa, a Azevedo,
Kerouak,
A todos os meus doces marginais,
Que embalam meu coração com suas palavras doces
Que me embriagam como o mais forte vinho,
Me adoçam o paladar como o mais refinado licor.

A Jorge Amado e suas amadas sensuais.
Quantas noites desejei Tieta, Dona Flor.

Guimarães, suas palavras me levaram
Pelos rincões do sertão.

A todos os grandes mestres iluminados das palavras,
Que com sua mágica,
Abrem caminhos diante de mim,
Me fazem percorrer jornadas de sentimentos
Bons, maus,
Doloridos.

A todos vocês,
Que embalam minhas noites insones,
Dedico esta canção.